Lançados os diagnósticos dos ramos Educacional e Consumo

Atualmente, as 341 cooperativas dos ramos Educacional e Consumo encontram na falta de financiamentos, na tributação inadequada bem como sua falta de adequação e na má organização da gestão os principais obstáculos para o seu desenvolvimento. Esses dados fazem parte dos diagnósticos apresentados no dia 26 de agosto, em Brasília, pelo Sistema OCB aos representantes de cooperativas, do Banco do Brasil, do Ministério da Educação, unidades estaduais e parceiros do movimento cooperativista brasileiro.

O superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, relembrou que a elaboração dos diagnósticos foi precedida de vários meses de pesquisa e análises de resultados. Segundo ele, o objetivo é que seus dados sejam utilizados para subsidiar a elaboração das estratégias de desenvolvimento dos dois ramos.

“Esse é o primeiro grande passo rumo ao desenvolvimento desses ramos. Graças à participação dos representantes dos ramos, das unidades estaduais e, principalmente, das cooperativas, o trabalho se consolida como uma ferramenta estratégica de gestão e crescimento”, comenta Renato Nobile.

As informações obtidas com as pesquisas buscam ampliar o espaço das cooperativas na agenda de decisões do governo, não somente com números que embasem o fomento de políticas públicas específicas ao setor, mas também a partir de uma melhor compreensão sobre seus principais desafios e oportunidades.

Os dados foram coletados a partir da aplicação de questionário, elaborado com a colaboração dos representantes dos Conselhos Consultivos dos Ramos e das áreas técnicas e direcionado a todas as cooperativas desses ramos, registradas no Sistema OCB.

Durante o evento, os coordenadores nacionais dos ramos Ricardo Lermen (Educacional) e Márcio Vale (Consumo) falaram sobre a importância desses diagnósticos para o futuro das cooperativas brasileiras.

EFICÁCIA - “É fundamental que agradeçamos ao Sistema OCB pela guarida que nos foi dada ao longo de todo esse processo. Sem esse apoio não teríamos condições de realizar um trabalho tão importante. Sempre tentamos dialogar com o governo, mas nem mesmo tínhamos dados concretos sobre o nosso setor. Agora isso mudou. Conhecemos com profundidade o ramo e, principalmente, as necessidades. Isso possibilitará um trabalho mais eficaz na hora de atuar em prol do crescimento das cooperativas”. Ricardo Lermen – coordenador nacional do Ramo Educacional.

REALIDADE - “Esse diagnóstico coroa o trabalho de muitos anos. Tínhamos poucos dados sobre o ramo e isso atrapalhava a representação política e as ações de desenvolvimento voltadas ao setor. Não podemos melhorar aquilo que não conhecemos e, por isso, esse documento é o começo da elaboração de planos estratégicos, embasados na realidade das cooperativas, com vistas ao início de um projeto que as consolidará”. Márcio Vale – coordenador nacional do Ramo Consumo.

GOVERNANÇA - Por fim, a gerente de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas, Susan Miyashita Vilela, explanou sobre gestão e governança cooperativista, em uma mesa redonda que contou com a participação dos coordenadores nacionais dos ramos e do gerente Controladoria do Sistema OCB, Antônio Feitosa, que mediou o debate com o público.