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Robustez do cooperativismo financeiro
O vice-presidente do Sistema OCB/MT e presidente da Central Sicredi MT/PA/RO, João Carlos Spenthof, publicou no dia 17 de setembro um artigo no jornal A Gazeta relatando o momento que o cooperativismo de crédito vive em nosso país.
Leia artigo completo:
Robustez do cooperativismo financeiro
Artigo: João Carlos Spenthof
Vereda de desenvolvimento sustentável, o cooperativismo de crédito dá novas mostras de solidez e superação mesmo diante de cenários de crise e pessimismo entre investidores de mercados convencionais. Fruto de um trabalho igualmente sustentável junto às bases de associados, cooperativas de crédito comemoram o crescimento de 10% no primeiro semestre de 2015, conforme dados do Banco Central.
O levantamento aponta que o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC), formado por 1.109 cooperativas de crédito no país, chegou à marca de R$ 221 bilhões em ativos em junho de 2015. No acumulado de um ano, considerando junho de 2014, quando esse volume consolidado registrava R$ 185 bilhões, a junho de 2015, o crescimento chega a vultosos 20%. Temos aqui outro emblemático comparativo: os índices citados estão acima da média do sistema financeiro nacional, que nos seis primeiros meses de 2015 obteve incremento de 4% e de 13% no acumulado de junho 2014-2015. Entre os maiores expoentes das cooperativas de crédito estão os três principais sistemas organizados no país: Sicredi, Sicoob e Unicred.
A cooperação entre pessoas é a chave de tamanho desempenho. Resultados que também se traduzem em outros robustos indicadores. Vejamos. O Sistema Nacional de Crédito Cooperativo arrebanha um volume de depósitos de R$ 108 bilhões, alta de 12% no primeiro semestre e de 19% em 12 meses (junho 2014-2015). Fôlego que se destaca ainda mais em meio ao comportamento estável do sistema financeiro, com apenas 1% de variação positiva em 12 meses.
No quesito crédito, o fenômeno das instituições financeiras cooperativas se repete. O apanhado do Banco Central revela uma carteira de R$ 92 bilhões em operações de crédito sob a gestão de cooperativas, 15% superior a junho do ano passado. O patrimônio líquido das cooperativas de crédito também apresenta contundente robustez: R$ 32 bilhões. Em junho de 2014, esse montante correspondia a R$ 26 bilhões, o que representa alta de 20% em 12 meses.
Uma revisita a princípios do cooperativismo nos auxilia a empreender uma análise mais profunda do desempenho citado nestas linhas. São eles: 1) Adesão voluntária e livre; 2) gestão democrática; 3) participação econômica dos membros; 4) autonomia e independência; 5) educação, formação e informação; 6) intercooperação; 7) interesse pela comunidade.
Organizações voluntárias, abertas a todas as pessoas aptas a utilizar os seus serviços, as cooperativas de crédito se consolidaram no Brasil e no mundo como caminhos de inclusão financeira e mais, de verdadeira sustentabilidade social. São ainda celeiros de empreendedores, ao estimular a formação de pessoas cada vez mais conscientes de seu papel transformador, individualmente e coletivamente.
* João Carlos Spenthof é vice-presidente da OCB/MT e presidente da Central Sicredi MT/PA/RO