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Dez anos de evolução no Agronegócio em MT

Fundada em 23 de março de 2001, a Cooperfibra (Cooperativa dos Cotonicultores de Campo Verde), localizada a 130 km de Cuiabá, está completando 10 anos em 2011. Uma década de grandes desafios, muito trabalho e inúmeras conquistas. No início era um pequeno grupo de produtores rurais que acreditava que era possível crescer com união e dedicação. Formou-se então uma cooperativa que agregou agricultores dispostos a apostar em uma nova cultura na região de Campo Verde: o algodão. 

A cotonicultura, nos anos de 1998, começava a dar sinais de que seria uma boa oportunidade para diversificar a produção local, dominada pela soja e pelo milho. “Já existiam fazendas de soja que estavam tomadas pelos nematóides (parasita de plantas)e não nascia mais nada. O algodão surgiu como uma opção, por que rotacionava a cultura e combatia o nematóide. Surgiu como uma cultura muito mais rentável. Um hectare de algodão, na época, representava três ou até quatro hectares de soja“, disse Milton Garbugio Presidente da Cooperfibra.

No início foi difícil o manejo do algodão. Os produtores brasileiros trabalhavam com poucas variedades e importavam tecnologia e sementes do mercado norte americano, que na época tinha as melhores variedades.

Com o algodão em franca expansão os produtores de Campo Verde perceberam que poderiam comprar produtos e insumos a preços mais baixos se trabalhassem unidos. Foi assim que, em 2001, nasceu definitivamente a Cooperfibra.

Com visão de futuro e dispostos a levar adiante o projeto da cooperativa, os associados contrataram colaboradores capacitados, alguns vindos de outras regiões do país, com experiência no mercado agrícola, principalmente com a cultura do algodão.

Na época, toda a produção do algodão mato-grossense era consumida pelo mercado externo, já que o Brasil ainda não acreditava que o algodão produzido no estado, tivesse qualidade suficiente para abastecer uma clientela exigente.

De acordo com Milton, com dois anos de operação a Cooperfibra sentiu necessidade de implantar um departamento comercial para iniciar o trabalho de compra e venda permanente para atender a demanda. “O comprador de algodão precisa comprar durante 12 meses. Temos que ter um bom estoque a disposição. As fabricas trabalham o ano todo então o nosso departamento comercial começou a operar no mercado interno”, afirmou.

Com a imagem da cooperativa consolidada e com a alta qualidade do algodão de Mato Grosso sendo reconhecida, o mercado interno passou a ser o maior comprador de algodão da Cooperfibra.

Em meados de 2004, chegaram ao estado novas variedades de algodão, lançadas por empresas multinacionais e que se adaptaram melhor às condições de clima e solo de Mato Grosso. “Elas tinham maior qualidade, eram mais produtivas”, explicou  Garbugio.

Em 2007 veio a consolidação de tanto trabalho. O nosso algodão passou a ser considerado um dos melhores do mundo, disputando de igual para igual com Austrália e EUA. A Cooperfibra sempre esteve na liderança de todo esse processo. “Para chegar ao estágio em que estamos hoje, investimos pesado em pesquisas. Hoje nós temos muitas opções de variedades de algodão. Temos a precoce, tardia, a especifica para a safrinha e outras”, ressaltou o presidente.

Todo o investimento em tecnologia e a dedicação dos produtores da Cooperfibra elevaram o município de Campo Verde à condição de Capital Brasileira do Algodão, tanto pela produtividade quanto pela qualidade do algodão campo-verdense.

Como as terras férteis do município começaram a produzir duas safras anuais, a Cooperfibra resolveu investir na comercialização de outros produtos como soja e milho. No início eram comercializadas cerca de 30 mil toneladas, hoje esse número chega a 180 mil toneladas, somente de soja. “Nosso cooperado não precisa sair para vender nenhum de seus produtos. A cooperativa comercializa soja, milho, algodão em pluma e caroço de algodão”.

Em 2008, sempre com olhos voltados para o futuro, a Cooperfibra iniciou a fabricação de fios. Esse trabalho agregou mais valor à produção primária. Até 2010 a Cooperfibra terceirizou mão de obra com empresas parceiras, porém, já está em fase de implantação em Campo Verde uma planta industrial de fiação própria da Cooperfibra. A obra, pela sua grandiosidade, chama atenção de quem passa às margens da BR-070. A previsão de inauguração é no final do primeiro semestre de 2011.

A fiação deve gerar no inicio da operação aproximadamente 130 empregos diretos. A estimativa de produção da fábrica é de 1200 toneladas de fios por mês, o que representa aproximadamente 12% da produção de algodão da Cooperfibra.

Estão sendo investidos na indústria de fiação cerca de R$ 40 milhões. E a Cooperfibra quer ir além. A expectativa é expandir a indústria de fios e implantar uma esmagadora de caroço de algodão.

Todos esses projetos irão refletir diretamente na vida da comunidade. Campo Verde, em pouco tempo, pode se transformar em um polo industrial da região, abrindo portas para novas oportunidades de negócios, mais empregos e mais desenvolvimento.

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